Qual a diferença entre Custo e Valor para o Planejamento Financeiro?

Acredito que todos já ouviram alguma vez na vida a frase: “Tudo na nossa vida tem um preço ou um custo.” Diante dessa afirmação podemos dizer que atualmente as pessoas conhecem muito bem o preço de tudo, mas será que realmente sabem o seu valor?

Custo e Valor parecem palavras muito similares, mas tem significados bastante diferentes para o Planejamento Financeiro . O primeiro nada mais é que o preço que se dá a um determinado bem, produto ou serviço que adquirimos já o Valor é um bem intangível, onde você não consegue mensurá-lo ou precificá-lo, pois esse não tem preço e sim um sentimento carregado de muita emoção. Por exemplo, quanto custa um abraço de quem você ama, de um momento de tranquilidade, de um encontro com amigos, de ver seu filho se formando?

Para o Planejamento Financeiro podemos citar coisas como: Qual o valor de uma boa Educação Financeira para um casal e para seus filhos ou qual o valor de acompanhamento de um profissional que somente tem um único objetivo: ajudar-lhe a melhorar financeiramente, sem conflitos de interesse e sem vínculos com nenhuma instituição financeira. Qual o valor que essa pessoa teria para você se a mesma colocasse um enorme farol em seus olhos em meio a uma escuridão, que no começo pode parecer até incomodo, mas que com o passar do tempo poderá iluminar seu próprio caminho? Quanto custa realizar seu sonho, fazer aquela viagem que sempre quis, comprar o tão desejado imóvel à vista, ter dinheiro para a faculdade dos filhos ou se aposentar com seus próprios recursos sem depender da ajuda de parentes ou amigos? Perceba que tudo isso tem o seu Preço (custo) para serem conquistadas, pois não existe almoço grátis, mas o Valor que é desfrutar de todo esse planejamento é inestimável.

Percebo que as pessoas sabem o preço de tudo hoje em dia até quanto custa um abadá para o Carnaval, o preço de um carro novo ou de um mais novo par de sapatos, mas dificilmente conseguem-se avaliar o que realmente querem para suas vidas e onde desejam chegar. É muito comum encontrar pessoas que mesmo endividadas não abrem mão de continuarem a fazer as mesmas coisas querendo resultados diferentes. Pessoas que sem nenhuma condição financeira não deixam de pular seus quatro dias de Carnaval para quem sabe espantar a tristeza até a sua volta à realidade na quarta-feira de cinzas que pode tardar, mas que logo chegará. Famílias que investiram até R$1.300 por dia num pedaço de pano sem se quer poder pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito ou quitar definitivamente a dor de cabeça do cheque especial que vem se arrastando há anos.

Famílias que acham caro (Preço) dar uma boa Educação Financeira aos filhos ou a elas próprias, mas que não abrem mão de uma balada, de bate-voltas frequentes a praia ou de jantarem todos os finais de semana em um lugar bacana. Que acham caro um Planejamento Financeiro Pessoal, mas que nunca deixam de jogar na loteria mesmo sabendo ser 400 vezes mais fácil um raio cair em suas próprias cabeças do que serem sorteadas.

A verdade é que apesar de sabermos os preços das coisas temos dificuldade em precificar qual o seu REAL valor. Portanto, assim como, tanto para a Educação Financeira como para o Planejamento Financeiro Pessoal, ambos se fazem valer da mesma máxima dita pelo ex-reitor da Faculdade de Harvard, Derek Bok, quando questionado pelos pais dos alunos sobre o aumento das mensalidades e da alta carga de estudos oferecida aos estudantes: