Interpretando o clamor das ruas

[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]De uma coisa todos nós sabemos quando viemos para esse mundo é que um dia partiremos dessa para melhor e a outra que pagaremos impostos. A pergunta é: Será que precisavam ser tantos impostos assim? Só para se ter uma ideia temos quase 90 impostos que permeiam desde a nossa receita à nossa transferência de bens em caso de falecimento, ou seja, desde que nascemos pagamos imposto.

Só o ano passado segundo um placar gigantesco chamado de Impostômetro situado na Junta Comercial em São Paulo registrou mais de 1 trilhão e 700 bilhões de reais pagos em impostos no Brasil. A carga tributária pesada e considerada uma das maiores do mundo chega a representar 36,2% do PIB, maior até do que a média da União Europeia, mas também em comparação a nossos vizinhos como Argentina (33,5% PIB) e Uruguai (27,18%).

Somos segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) dentre os 30 países pesquisados o de pior retorno em melhorias e benefícios à sua população . Diante disso fica fácil entender, sem ser político, o clamor das ruas que não se queixam por 20 centavos de desconto na passagem de ônibus, mas sim do retorno precário dos impostos pagos de forma assídua e porque não dizer imposta.

O clamor não está em criar mais um centro educacional, mas sim em prover educação de qualidade às escolas que já existem, em remunerar melhor àqueles que ensinarão o futuro da nação: as crianças e adolescentes, que hoje se perguntam o que é uma manifestação?

Mesmo sem saber direito o que é uma manifestação todos temos o motivo de se indignar ao pagar 4 vezes mais por um smartphone que poderia ser razoavelmente vendido por um preço mais justo sem a necessidade de se trabalhar 160 horas contra 27,5hs de uma americano para adquirir um mesmo aparelho. E porque pagar 203 mil reais em um Camaro Amarelo se este mesmo veículo custa 65 mil reais nos EUA? Um Honda Fit fabricado em terras brasileiras mais precisamente em Sumaré, SP custa à bagatela de 52 mil reais contra o mesmo carro que exportando para o México fica em R$31.400, ou seja, R$20 mil a menos.

O pior disso tudo é que os mais pobres acabam pagando mais do que os ricos porque a nossa carga tributária é baseada em cima do consumo e não sobre a renda, ou seja, uma pessoa que ganha até dois salários mínimos pode pagar 48% de impostos contra quem ganha 30 salários mínimos e que paga 26%. Como queremos incentivar o consumo e o crescimento econômico de um país com tamanha desigualdade não só de renda, mas também de tributos cobrados. Trabalhamos 155 dias só para o pagamento de impostos e uma pessoa de 40 anos até seus 72 pagará 29 anos de sua vida só de impostos.

Bem o problema como dissemos não está em pagarmos mais tributos, pois existem países que pagam muito mais como a Finlândia 43% do PIB e Dinamarca 45% do PIB, mas está no RETORNO e na GESTÃO desses recursos que ao longo de muitos anos arrecadamos muito e investimos pouco na educação, na saúde e no bem-estar das famílias brasileiras. Somos um dos países que mais consegue arrecadar em impostos de todas as Receitas Federais do mundo, pois não é a toa que os computadores e sistemas da Receita Federal brasileira são chamados de T-Rex, uma analogia a um dos maiores predadores da pré-história e não há logotipo mais intimidador do que um leão para mostrar toda a sua força ao abocanhar sua presa, o contribuinte.

O clamor das ruas não está na construção de mais estádios e sim na manutenção das santas casas, dos hospitais, do sistema de ensino, na segurança pública, na pavimentação de ruas e estradas, no reavivamento das estradas de ferro e não na construção de trens balas ou na distribuição de pão e circo à população de um país que ainda anseia pela ordem e pelo progresso.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][insert page=”autor-2″ display=”content”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][insert page=”alerta-copia-artigo” display=”content”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][insert page=”inc-chamada-servicos” display=”content”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][insert page=”inc-chamada-newsletter” display=”content”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][insert page=”lista-artigos” display=”content”][/vc_column][/vc_row]

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