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Em meio às vésperas de uma nova Black Friday um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) surpreendeu os mais jovens demonstrando que 46% dos brasileiros com idade entre 25 e 29 anos estão inadimplentes e que 19% dos brasileiros entrevistados com dívidas possuem entre 18 e 24 anos. Isto significa que os jovens nesta faixa etária de 18 a 29 anos tem se endividado de forma preocupante e representam mais de 12,5 milhões de pessoas. O que o estudo relata é uma ausência de conhecimentos voltados às finanças e sobretudo da Educação Financeira. Outro ponto importante são também as novidades que o mercado de trabalho traz para estes jovens que não possuem, segundo o SPC, qualquer tipo de controle de suas despesas. A falta de orientação financeira, mas também o imediatismo que é mais preponderante neste grupo, somada a influência das redes sociais, faz com os jovens se tornem mais suscetíveis às compras por impulso que, nada mais são, aquelas aquisições não planejadas impulsionadas pelo desejo de comprar coisas que não se necessita com o dinheiro que não se tem, fazendo muitas vezes, uso do crédito para se adquirir aquilo que não é essencial ou importante.
Atualmente, diante de um mundo de possibilidades e facilidades em adquirir produtos e serviços à palma da mão os mais jovens são submetidos a uma espécie carga extra de endorfina para o cérebro, que é um neuro-hormônio, responsável principalmente pela função de inibir a irritação e o estresse, contribuindo para a sensação de satisfação, bem-estar e de felicidade de nós seres humanos. Agora junte tudo isso às chamadas publicitárias do tipo: 50% off, ofertas imperdíveis, descontos e promoções “nunca vistos” numa Black Friday etc. Teremos, com tudo isso, após este período de gastança antecipada, sem levarmos em conta as festas de fim de ano, um contingente ainda maior de jovens (e não somente destes) que entrarão para este clube, que ninguém quer fazer parte, mas que inevitavelmente poderão fazê-lo que é a lista de inadimplentes dos órgãos de proteção ao crédito. Por isso que quando atendemos as famílias e muitas nos questionam quando vale a pena comprar numa Black Friday, a resposta que dou é sempre a mesma: “Se você se planejou, acumulou recursos para isso e monitorou os preços, ao menos, ao longo dos últimos três meses, justamente para que não pague metade do dobro, talvez possa fazer sentido esta semana de descontos”. Portanto, todo cuidado é pouco nesta hora para não se entusiasmar demais e acabar comprando coisas que não precisa motivado, muitas vezes, pela simples sensação de estar ficando de fora de algo que tudo mundo está fazendo neste momento que é comprar. É o que chamamos de efeito manada.
Para que não caia em armadilhas preparei algumas dicas valiosas para que possa “aproveitar” a semana de Black Friday deste ano que se dará na sexta-feira do próximo dia 25:
– Saiba primeiro sobre sua capacidade financeira: antes de sentar-se na frente do computador, de começar a deslizar as telas de seu smarthphone ou de sair de casa correndo para as compras verifique PRIMEIRO se já não possui outros compromissos financeiros assumidos e não comprometa toda a sua renda neste fim de ano, contando, por exemplo, com a primeira parcela do décimo terceiro para pagar aquilo que comprou pois, haverá outras despesas de valor significativo no início de 2023 como o pagamento de impostos como IPVA e IPTU, anuidades de entidades de classe e gastos com educação.
– Faça ao menos 3 perguntas antes de executar uma compra: Eu realmente preciso disso? Eu tenho outros compromissos financeiros que comprometem mais de 30% de minha receita neste momento? E posso realmente fazer mais uma prestação?
– Faça um Levantamento de Histórico de Preços daquilo que deseja: há sites especializados na comparação de preços como o Buscapé, por exemplo, e que proporcionam históricos de variações de preços ao longo dos últimos 40 dias podendo retroceder até 6 meses para que possa atestar se realmente pagará mais barato pelo produto desejado;
– Nunca faça empréstimos desnecessários: num momento em que temos além dos jovens, mais de 80% das famílias endividadas segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio) e com taxas de juros básica (Selic) em 13,75% os empréstimos para Pessoa Física ficam mais elevados, então, jamais se endivide por gastos que não sejam realmente importantes neste momento;
– Compartilhe com alguém próximo e defenda sua “tese de compra”: Converse com alguém explicando o porquê que aquilo que você tanto deseja é “importantíssimo”. Realizando este simples exercício você mesmo se convencerá de que, talvez, isso não seja tão importante ou necessário, evitando com isso, futuros arrependimentos mesmo após alguns dias da tal semana imperdível.
Por fim, tenha parcimônia nos gastos para não se arrepender depois sendo até mesmo prudente para evitar ser mais um número nas estatísticas de endividados, ou pior, de inadimplentes!
Rogério Nakata é Planejador Financeiro CFP® da Economia Comportamental e palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.
E-mail: atendimento@economiacomportamental.com.br
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