Ex-presidente dos EUA, Barack Obama, entrega a Medalha Presidencial da Liberdade a Daniel Kahneman durante uma cerimônia na Casa Branca em novembro de 2013. — Foto: Mandel NGAN/AFP
Umas das curiosidades de Kahneman é que ele não era economista e sim formado em psicologia e mesmo assim recebeu a maior honraria por suas valorosas pesquisas demonstrando que nós seres humanos com relação ao dinheiro nós somos muito mais serem emocionais do que racionais. O psicólogo, nascido em Tel Aviv, em Israel foi por muito tempo associado à Universidade de Princeton, nos Estados Unidos e em seu trabalho questionou o fato de a racionalidade ser condutora das tomadas de decisões que para a época contrariava as teorias econômicas tradicionais que assumiam que os seres humanos geralmente agiam de de maneira totalmente racional. Ele tratou, entre outros pontos, da lógica por trás de comportamentos: seja nas decisões para economizar dinheiro ou até nas escolhas sobre vender ou não ações no mercado financeiro.
Kahneman, que também foi autor do livro “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”, popularizou, portanto, um modelo de tomada de decisões em que situações de escassez levam a julgamentos apressados e como consequência disso, eventualmente, a más decisões.
Os trabalhos de Kahneman, realizados em grande parte na década de 1970, revolucionaram o mundo da economia comportamental e das finanças pessoais principalmente através de sua pesquisa sobre o funcionamento da mente humana em relação às decisões econômicas desafiando a visão tradicional da economia clássica, que assumia que os agentes econômicos são racionais e que estão sempre de posse de todas as informações possíveis para a tomada de decisões mais assertivas, porém, por meio de seus estudos com Amos Tversky, demonstrou claramente que havia um grande hiato entre a expectativa e a realidade ao se escolher uma ação, um plano de previdência privada ou até mesmo se vale a pena fazer uma reserva de emergência para sitações adversas ou simplesmente poupar para a aposentadoria.
Um dos principais conceitos introduzidos por Kahneman é o de “sistema 1” e “sistema 2” do pensamento. O sistema 1 é rápido, intuitivo, emocional e automático, enquanto o sistema 2 é lento, deliberativo, lógico e controlado. Kahneman demostrou também que muitas vezes as pessoas confiam excessivamente no sistema 1 ao tomar decisões financeiras, levando a erros sistemáticos.
Outro conceito importante que ele introduziu é o viés cognitivo, que são desvios sistemáticos de raciocínio que influenciam as decisões das pessoas. Por exemplo, o viés de aversão à perda faz com que as pessoas valorizem as perdas mais do que os ganhos de forma desproporcional, o que pode levar a decisões financeiras equivocadas, como a manutenção de investimentos ruins por medo de realizar prejuízos.
Essas descobertas têm implicações significativas para as finanças pessoais, pois destacam a importância de reconhecer e mitigar os viéses cognitivos ao tomar decisões financeiras. Isso levou ao desenvolvimento de estratégias e ferramentas para auxiliar as pessoas a tomar decisões financeiras mais informadas, como a automação de investimentos, o uso de estratégias de diversificação e a educação financeira.
Em resumo, a teoria de Daniel Kahneman revolucionou o mundo da economia comportamental e das finanças pessoais ao desafiar a visão tradicional da economia clássica e ao destacar a importância dos processos cognitivos e emocionais na tomada de decisões financeiras. Suas descobertas têm colaborado com milhões de pessoas em todo o mundo a entender melhor seus próprios comportamentos financeiros e a adotar estratégias mais eficazes para alcançar seus objetivos financeiros.
Por fim, no dia 24 de Abril estaremos dissecando uma das teorias de Kahneman no 2°Encontro MSV (Mudando Sua Vida) a convite do treinador comportamental, Rafael Cunha @rafaelcunha, no Restaurante Tempero Caseiro às 19h para falar um pouco mais, ao vivo, sobre a importância da Educação Financeira e como ela pode nos auxiliar a tomar boas decisões financeiras e o que fazer com o nosso rico e suado dinheiro num momento bastante desafiador tanto da economia brasileira como num mundo em constante conflito geopolítico. Maiores informações estão no https://rafaelcunhaperformance.kpages.online/eventomsv
Rogério Nakata é Planejador Financeiro CFP® da Economia Comportamental e palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar de grandes organizações públicas e privadas.
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O Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar tem como objetivo auxiliar na acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa ou de uma família através de um acompanhamento profissional que estimule às boas práticas financeiras associado com fundamentos da educação financeira e das finanças comportamentais. Com ele é possível arquitetar estratégias para a conquista de importantes objetivos e Projetos de Vida que podem ser desde acumular recursos para a aquisição de um imóvel, faculdade ou intercâmbio dos filhos, iniciar um negócio próprio, planejar a aposentadoria mas também proteger sua família contra eventualidades que podem ocorrer ao longo de sua jornada financeira.
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