E você é ficha limpa?

Após a decepção de semana passada com a absolvição dos candidatos Ficha Suja pelo Supremo Tribunal Federal, instância máxima da justiça em nosso país, zerando definitivamente o “taxímetro” daqueles que antes da Constituição lhes proteger infringiram a mesma e que por apenas um aspecto cronológico não puderam ser julgados respeitando o principio da anterioridade; os cidadãos se perguntam: Em quem confiar? Meu caro amigo leitor o que podemos refletir sobre esse fato é de que uma coisa é certa: “somente podemos contar com nós mesmos” , pois se dependermos de ações de ordem pública para que mudemos nossas vidas talvez morrêssemos sentados.

Trazendo isso para o cenário do Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar nada melhor do que aproveitar sua capacidade de geração de renda atual e garantir você mesmo o seu futuro e o de sua família tomando ações hoje que podem fazer uma grande diferença em seu amanhã. Diante das providências que precisam ser tomadas imediatamente para garantir nosso futuro e da repercussão acima resolvemos iniciar esse artigo com a seguinte questão: “E você é Ficha Limpa?”.  Tudo isso porque com a abundância de crédito e pelo descontrole financeiro dos tomadores é cada vez mais comum a situação de endividamento extremo, tornando-os, em questão de pouco tempo mais um Ficha Suja na praça para os órgãos de proteção ao crédito.

Muitas pessoas estão caminhando para essa desagradável situação sem perceber que estão sendo levadas pelo que chamamos de efeito manada e pelas inteligentes campanhas publicitárias que mostram que tudo é possível de ser comprado até mesmo sem dinheiro. Com parcelas a perder de vista e que cabem no bolso abduzem os pobres mortais consumidores a não pesquisarem preços e muito menos rever sua capacidade de endividamento que não poderia passar, de forma saudável, dos 30% de sua receita líquida.

Prova disso é a indústria automobilística que mesmo com as medidas de aumento da entrada nos financiamentos e diminuição de parcelas para o consumidor teve um aumento no primeiro bimestre de 2011 de 18%. Acredito que isso continuará crescendo, pois ninguém com uma parcela que cabe no bolso quer continuar andando de transporte coletivo como se estivesse numa lata de sardinha e passar horas e horas até chegar ao seu trabalho, pois o pensamento que paira mesmo pagando juros altos por isso é: Já que tenho que passar todo esse tempo me deslocando porque não posso fazer isso confortavelmente com o ar condicionado ligado e com a minha musica ou rádio preferida?

Resumindo, contar apenas com a boa vontade das instituições públicas não te deixará mais rico, não lhe proporcionará uma moradia mais digna e nem dará uma boa escola em curto prazo para o seu filho, mas sim um bom planejamento financeiro sério e consistente para que a realização desses e de outros Projetos de Vida possam se tornar realidade pelos seus próprios esforços. Portanto deixo-lhes a máxima de um grande presidente norte americano, John Fitzgerald Kennedy que dizia:

“Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país?”