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Muitos acreditam que ao adquirir a casa ou apartamento próprio, vão se livrar do aluguel. Isto nunca vai acontecer, pelos menos em termos financeiros. Vejamos através do Planejamento Financeiro porque isso acontece:
1 – Compra a vista de uma casa/apartamento no valor de R$ 200.000,00.
Suponhamos que o comprador tem os R$ 200.000,00, depositados na caderneta de poupança, uma aplicação mais conservadora. Este investimento rende atualmente 0,5 % + TR ao mês, digamos uns 0,6 % a.m.. Fazendo as contas, receberá todos os meses, R$ 1.200,00. Ao adquirir um imóvel com o dinheiro da poupança deixará de receber os R$ 1.200,00 mensais. Este é o aluguel que estará pagando para si mesmo, ao residir no imóvel próprio. Lembre-se que o dinheiro investido na poupança preserva a liquidez (pode sacá-lo quando quiser). Ao comprar o imóvel, perde-se a liquidez e no caso de uma emergência esses recursos podem fazer falta numa situação de aperto financeiro.
O comprador poderá ainda fazer uma pesquisa para verificar por quais valores, imóveis semelhantes, estão sendo alugados nas redondezas. Feita a pesquisa poderá encontrar um muito parecido, sendo alugado por, digamos R$ 850,00. Pergunta-se: O que é melhor? Deixar o dinheiro aplicado na poupança rendendo R$ 1.200,00 ou alugar o imóvel por R$ 850,00 investindo a diferença de R$ 350,00 em um bom plano de investimento? Muitos vão alegar que o imóvel valoriza, mas, tudo depende da conjuntura econômica. Como exemplo veja o que ocorreu, logo após a implantação do Plano Real, durante os primeiros anos, os imóveis desvalorizaram, perderam a liquidez, e além de tudo, era muito difícil encontrar comprador e conseguir financiamento pelo então, vigente, regime hipotecário. Atualmente, com o regime de “Alienação Fiduciária” os bancos passaram a ter maior segurança ao conceder financiamento imobiliário, onde neste caso, o imóvel somente é transferido ao adquirente após a quitação do financiamento e caso ocorra inadimplência, fica-se bem mais fácil retomar o imóvel dado em garantia.
A partir de 2007, com os fartos financiamentos oferecidos pelas instituições financeiras, muitos foram, literalmente às compras. Pela implacável, lei da oferta e procura, quando a demanda supera a oferta os preços, dos imóveis, tendem a subir. Foi o que aconteceu no período compreendido entre 2007 e 2010 aonde muitos imóveis chegaram até a triplicar de preço.
Nos anos vindouros, com a entrega das inúmeras habitações hoje em construção, o processo se inverterá e a oferta vai novamente superar a procura, e os preços cairão novamente. Quem está comprando imóveis agora, perto do pico, poderá perder dinheiro.
O imóvel também pode imobilizar a pessoa.
Suponhamos numa situação de perda do emprego, onde o profissional muitas vezes deixa de aceitar uma boa oportunidade profissional em outro estado ou cidade em função de ter de alugar/comprar outro imóvel além de vender o seu. Diante disso, outra dúvida pode passar pela cabeça que é: E se o imóvel que eu alugar for muito mais simples do que aquele em que morava, será que estarei disposto, ou disposta, a baixar meu padrão de moradia e de Qualidade de Vida?
2 – Comprar imóvel financiado.
Geralmente as pessoas acreditam que estão fazendo um grande negócio, porém vamos analisar financeiramente essa empreitada. Primeiramente, leve em conta tudo que foi descrito para a compra a vista acima, isso porque ao financiar o imóvel muitas outras coisas devem ser levadas em consideração como, por exemplo, a taxa de juros e o preço do aluguel. Será que é mais caro pagar aluguel, que muitas vezes, varia de 0,4 % a 0,8 % do preço do imóvel ou tomar um empréstimo pagando juros (aluguel do dinheiro) de 1 % + TR do valor do financiamento assumido, comprometendo-se por 10, 15, 20, ou em até 30 anos?
Muitas vezes é melhor alugar o imóvel por 1, 2, 3 ou mais anos, pois, preserva-se a mobilidade em caso de desemprego, aumento da renda ou da própria família. Procure sempre morar perto do seu emprego, caso contrário pode estar perdendo um tempo precioso com deslocamento e pagando um alto preço por isso. Só compensa comprar imóvel financiado quando os preços dos imóveis estão baixos, como por exemplo, em 2003 até 2006. Agora, após a mega valorização ocorrida recentemente, não aconselhamos fazê-lo, principalmente se for por impulso, levado pela emoção e não pela razão.
3 – E para concluir:
Uma simples decisão de comprar ou alugar um imóvel pode levar a pessoa à ruína financeira se tomada sem uma análise profunda e bem planejada. Consulte sempre um planejador financeiro e faça as contas. Você poderá se surpreender com a possibilidade de ter o dinheiro próprio para a compra da casa própria podendo conquistar seu sonho, em menos tempo do que levaria e pagaria num financiamento imobiliário. Nunca podemos deixar de lembrar que na época da inflação, antes do Plano Real, isto não fazia menor sentido, pois, a moeda não preservava o seu valor, além de criar um verdadeiro caos no planejamento financeiro das famílias e no crescimento econômico do país. Portanto, ter “Educação Financeira” pode ser uma excelente ferramenta para escolhas conscientes e inteligentes daqueles que querem ter sua casa ou apartamento próprios.
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