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Psicologia Econômica: Como os Nudges podem auxiliar o dia a dia de pessoas e de países
[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]A palavra Nudge significa “cutucar” que nada mais é aquele toque que geralmente damos à uma pessoa na costela com o cotovelo para chamar à atenção para algo que está acontecendo.
Na verdade nada mais é que aquele empurrão que se precisa tomar para fazer aquilo que é certo! E este “cutucãozinho” pode ocorrer em várias situações em nossas vidas desde aquelas mais ordinárias como urinar no lugar certo, passando pelo aumento de arrecadação por parte de uma prefeitura ou de governos, e até mesmo, nos auxiliando na busca de nossa futura independência financeira ou na acumulação de recursos mínimos para uma aposentadoria um pouco mais tranquila. Outra importância dos nudges para a sociedade é que estes podem ser também excelentes aliados para o aumento da quantidade de doações de órgãos para transplantes de um país pois, eles criam nos cidadãos, de forma simples mas muito eficaz, um consentimento presumido deste valoroso ato, auxiliando substancialmente, na redução do número de pessoas nas filas de espera de órgãos.
Somado a isso, separei alguns exemplos bastante interessantes de nudges utilizados ao redor do mundo. Veja logo abaixo:
O aeroporto de Schiphol em Amsterdã resolveu adotar uma iniciativa que parecia banal a princípio que foi de colocar um pequeno adesivo de uma mosca dentro de cada mictório e com essa simples ação (nudge) os resultados foram de 80% menos de xixi no chão e consequentemente 10% a menos de gastos com a limpeza dos banheiros.
Um nudge que foi criado para incentivar as pessoas a deixarem de ser sedentárias, mesmo com a alegação da falta de tempo, foi o que ocorreu nos degraus do metrô de Estocolmo, na Suécia onde os cidadãos poderiam utilizar a escada rolante, como tradicionalmente faziam ou escolher as placas pretas e brancas com sensores imitando teclas de piano instaladas nos degraus da saída da estação, onde, toda vez que elas fossem pisadas estas emitiam o som característico do instrumento transformando a enfadonha subida da escada em músicas para os ouvidos. Com o experimento realizado houve um aumento de 66% no número de pessoas que passou a utilizar a, antes monótona, escada fixa.
Com relação a redução de inadimplência por parte das prefeituras a FGV – Fundação Getúlio Vargas apresentou um estudo bastante interessante no 7º. Encontro Brasileiro de Economia e Finanças Comportamentais realizado pelas pesquisadoras Tainá Souza Pacheco e Flora Finamor onde através de uma parceria com a Secretaria de Inovação e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo fizeram uma alteração no conteúdo da correspondência enviada a 15 mil contribuintes em atrasos com o IPTU porém, desta vez, não somente advertindo do atraso mas retirando o excesso das informações contidas na antiga comunicação somado a uma alteração de layout das cartas e demostrando as consequências imediatas e futuras desta inadimplência. O resumo foi que com este experimento mais incisivo a Prefeitura de São Paulo teve um aumento de R$950 mil em sua arrecadação.
No campo do incentivo à economia financeira pessoal ao fazer uma contratação de uma pessoa para uma empresa, por exemplo, poder-se-ia adotar como padrão a adesão deste novo empregado à um plano de previdência complementar como parte automática dos benefícios concedidos, deixando assim, como “segunda alternativa” e NÃO COMO PRIMEIRA se gostariam de participar do Plano de Previdência Privada. Pode-se até parecer a princípio um tipo de ação invasiva, mas é aquele tipo de intervenção que busca simplificar a tomada de decisão auxiliando as pessoas a realizarem boas escolhas e até a salvarem vidas se o mesmo princípio fosse adotado para a doação de órgãos para transplante como ocorre em alguns países como Áustria, Bélgica, França, Portugal e Hungria, onde todos os habitantes são por regra doadores e aqueles que não desejam ser, informam as autoridades competentes sobre sua opção. Tudo isso, com o objetivo de buscar melhores resultados através de um pequeno empurrãozinho na hora e na direção certa.
Segundo Richard H. Thaler que é um dos pais da Psicologia Econômica além de economista, especialista em Economia Comportamental e Finanças e Prêmio Nobel de Economia em 2017 “o nudge por definição precisa ser simples, barato e não pode promover qualquer tipo de alteração nos incentivos econômicos”, ou seja, para ser considerado um nudge, a intervenção precisa ser barata e fácil de evitar. Um ponto importante sobre a criação de um Nudge é que ele não pode ser impositivo. Um exemplo, muito bacana, citado pelos próprios autores Richard Thaler e Cass Sustein de um livro com o mesmo nome, diz que, simplesmente não se pode proibir o consumo de junk food mas você pode mudar a posição das frutas de forma que elas fiquem mais atrativas de serem consumidas em relação as comidas processadas ou rápidas.
Por estas razões trazendo isso para o campo do Planejamento Financeiro faz total sentido criar nudges na vida financeira, ou seja, alternativas onde as pessoas assim que recebem seu salário possam encontrar meios próprios de “não terem acesso integralmente ao mesmo”, mas que consigam direcionar através de um simples débito automático uma parte dos recebimentos para uma aplicação financeira com a pretensão de criar uma reserva financeira e/ou para a manutenção de seu padrão de vida no futuro, se resguardando contra situações emergenciais, mas também para mudanças que ainda poderão ocorrer no atual sistema previdenciário público.
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